Sócrates descreve PS como «partido da esquerda moderada»
O secretário-geral do PS considerou que o partido que lidera é o «partido da esquerda democrática, moderada, não da esquerda radical» e justificou a sua recandidatura ao cargo «para fazer do PS aquilo que o PS tem a ambição de ser».
Numa sessão de esclarecimento sobre a moção em que vai levar ao congresso socialista de 27 de Fevereiro a 1 de Março, José Sócrates descreveu ainda o PS como um «grande partido popular, o partido do povo da esquerda democrática, não um partido de vanguarda, um partido que tem orgulho em ser um partido do povo da esquerda democrática».
Perante um sala sala cheia de militantes, o líder socialista disse ainda que o PS é um «partido forte, unido, aberto, mas um partido responsável, que está aqui para governar o país, sempre em nome do interesse geral».
«Não governamos para nenhuma corporação, para nenhum sector. Governamos em nome daquilo que consideramos ser o interesse geral dos portugueses», acrescentou José Sócrates, que recordou algumas das medidas que constam da moção que vai apresentar no congresso de Espinho.
Na sua intervenção, Sócrates falou da proposta de inclusão no programa eleitoral do direito ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, uma vez que «todos os momentos são bons para lutar contra a discriminação».
Para o primeiro-ministro, a proposta é feita «em nome dos valores políticos de sempre do PS, em nome dos valores da liberdade, da tolerância e da dignidade individual» sobre uma «matéria de todos» e não apenas de uma «minoria» do país.
«A vitória não será de uma minoria contra uma maioria, será a vitória de todos os portugueses, porque é assim que se constrói uma sociedade aberta, tolerante, livre e uma sociedade de homens livres e dignos», resumiu.
Na sua intervenção de cerca de 35 minutos, José Sócrates falou ainda de regionalização, do aumento da eficiência no combate à fraude e evasão fiscal e de medidas sociais, como o complemento solidário para idosos que beneficia «quase 200 mil idosos».
O líder do PS assinalou mesmo que este complemento que permitiu a estes idosos deixarem «de ser pobres para viverem com o mínimo de dignidade», foi «talvez o maior instrumento de combate à pobreza que se «fez em Portugal depois do 25 de Abril».
TSF
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